sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Nova praça de alimentação do Senado custará R$ 1,9 mi

Prevista para ser entregue em julho, a obra é mais um agrado para servidores e parlamentares

Lenadro Colon, de O Estado de S.Paulo

Após um ano de escândalos, o Senado decidiu dar um presente aos funcionários em 2010. No dia 9 de fevereiro, uma semana depois do retorno dos senadores aos trabalhos, será feita uma licitação para construir uma praça de alimentação na Casa, com restaurantes e lanchonetes. A obra - uma antiga reivindicação dos servidores - custará cerca de R$ 1,9 milhão, segundo o edital divulgado nesta quinta-feira, 7, no Diário Oficial da União. A previsão é que o novo espaço, estimado entre 800 e mil metros quadrados, seja inaugurado antes de julho.

A confirmação da construção da praça soma-se às recentes revelações do aumento em R$ 3,7 milhões no gasto com hora extra dos funcionários e da permissão para os senadores usarem em 2010 - ano eleitoral - sobras da cota de passagem aérea do ano passado.

A justificativa inserida no edital da nova praça diz que essa despesa milionária é uma "solicitação da Alta Direção da Casa". "Para atender as necessidades dos funcionários do Senado Federal", afirma o texto. Hoje, o Senado possui um amplo restaurante, usado também pelos senadores, e uma lanchonete, além de outros espaços de alimentação na Câmara.

O Senado tem pressa. Exige da construtora que os serviços sejam executados em três turnos, durante os sete dias da semana, inclusive aos feriados. O edital prevê que a obra seja concluída num prazo de 120 dias contados a partir da ordem de serviço emitida pelo Senado, provavelmente ainda em fevereiro. A praça de alimentação será construída numa estrutura metálica em um dos estacionamentos do Senado.

O edital de licitação exige acabamentos de primeira qualidade. Só com a pavimentação do espaço serão gastos, ao menos, R$ 209 mil.

Orçamento

A diretoria-geral tem comemorado uma economia de R$ 110 milhões em 2009 no inchado orçamento de R$ 2,7 bilhões. Na noite de terça-feira, a Secretaria de Comunicação Social do Senado admitiu o aumento em R$ 3,7 milhões com horas extras entre 2008 e o ano passado, contrariando promessa de reduzir a despesa com o benefício. Outra promessa, o ponto eletrônico para fiscalizar chegada e saída dos funcionários, não saiu do papel.

Do estadão.com.br

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