quarta-feira, 11 de agosto de 2010

De Sucupira à Caratinga


Por Carlos Magno Gibrail
Alencar e o DNAA comédia política de Dias Gomes de tão contemporânea está virando tragicomédia, tal a quantidade de coronéis que ainda persistem no universo nacional.
Em todas as áreas.
De pequenos gestos, mas enorme significado, como o de Ricardo Teixeira ao recusar por três vezes o aperto de mão de Muricy às declarações de José Alencar a Jô Soares permeadas de preconceitos e pecados capitais.
Ações de paternidade têm ocorrido com personalidades como Collor, Lula, Fernando Henrique e Pelé.
Collor e Lula prontamente corresponderam, Fernando Henrique esperou a saída do poder, Pelé demandou muito trabalho e manchou seu nome, mas nenhum agiu como o Vice Presidente. Não satisfeito em negar e se recusar ao exame de DNA, foi ao programa do Jô e destemperou:
“Como os próprios tribunais dizem, tem de haver indícios. Se não, amanhã, todo mundo que foi à zona um dia pode ser submetido a exame de DNA”.
“Eu não estou habituado a ceder à chantagem”.
“Não há uma pessoa que tenha me visto com essa mulher”.
O que Alencar não disse é que a condenação está baseada em histórico composto de testemunhas da cidade de Caratinga e casaco de pele presenteado por ele. Além do fato da recusa ao exame, de acordo com lei assinada por Lula há um ano, significar “presunção de paternidade”.
E, por coisas do destino, está na mesa de Lula projeto de lei aprovado no momento da sua entrevista à Globo (4 de agosto de 2010), da deputada Iara Bernardi, que muda o status do significado de recusa, passando de “presunção de paternidade” para “admissão tácita”.
Este projeto de lei determina, também, que tanto o Ministério Público como qualquer pessoa pode solicitar o exame, o que derruba a soberba de Alencar afirmando não acatar o DNA para não ser chantageado.
Alencar perde a chance de encerrar dignamente uma carreira empresarial e política, num momento em que todo o país acompanha a sua brava luta contra o câncer.
Odorico Paraguaçu neste momento de relançamento cinematográfico deve estar preocupado com tantos sósias ou concorrentes.
Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda e escreve às quartas-feiras no Blog do Mílton Jung

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