sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

'Eu não sou bandido', diz vereador de SP Netinho de Paula

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO


Em discurso no plenário da Câmara Municipal, o vereador Netinho de Paula (PCdoB) disse nesta quinta-feira que não é "bandido" e que será prefeito de São Paulo "quer queiram, quer não queiram".

"Eu não sou bandido. Eu vou ser prefeito dessa cidade, quer queiram, quer não queiram", afirmou.

Netinho apresentou aos colegas defesa sobre reportagem da Folha que revelou que ele usou empresas com endereços fantasmas para justificar gastos de seu gabinete.

Silva Junior-5.out.10/Folhapress
Vereador Netinho de Paula durante coletiva em seu gabinete na Câmara; promotoria investiga uso de notas frias
Vereador Netinho de Paula (PCdoB) durante coletiva em seu gabinete; Promotoria investiga uso de notas frias

Ele pretende disputar a sucessão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) em 2012.

Depois de afirmar que será prefeito, Netinho mudou o tom e disse que será "candidato" ao cargo.

Aos vereadores, ele repetiu o argumento de que recibos de duas das empresas empresas citadas na reportagem não foram reembolsados porque a Câmara identificou as irregularidades.

"Se a empresa mudou de endereço, se não mudou, eles tem que verificar", disse.
As notas fiscais apresentadas por Netinho à Câmara são objeto de investigação no Ministério Público. A Promotoria apura se ele realmente aplicou a verba indenizatória em despesas ligadas ao mandato parlamentar.

À Folha o promotor que conduz o caso, Marcelo Daneluzzi, disse que solicitou à Câmara Municipal um levantamento de todos os reembolsos feitos a Netinho.

INVESTIGAÇÃO

Hoje Daneluzzi ouviu um representante da VNS, um dos alvos da investigação. Segundo ele, em depoimento, o representante da empresa disse ter firmado um contrato de locação de equipamentos com o gabinete de Netinho por 16 meses.

De acordo com o relato, teriam sido alugados quatro computadores, duas impressoras, um retroprojetor e uma tela para projeção por R$ 70 mil.

Daneluzzi espera uma cópia do contrato. Questionado sobre a investigação, disse que "foge da normalidade que o vereador tenha contratado quatro empresas sendo que todas elas não estão estabelecidas no local indicado pelo contrato social".

Da Folha.com

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