sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Em ano eleitoral, SP ganha 650 novos relógios de rua e 2 mil abrigos

Equipamentos públicos estão sucateados há 4 anos; concessionários poderão instalar publicidade de até 4 metros fora de abrigos de ônibus

Diego Zanchetta; Rodrigo Burgarelli - Estado de S.Paulo
Relógio de rua danificado na Avenida Rebouças; equipamentos estão sucateados há 4 anos - Marcio Fernandes/AE-22/09/2011
Marcio Fernandes/AE-22/09/2011
Relógio de rua danificado na Avenida Rebouças; equipamentos estão sucateados há 4 anos
Em ano eleitoral, a Prefeitura de São Paulo vai ter 650 novos relógios de rua e 2 mil abrigos de ônibus serão reformados. O decreto que regulamenta como deve ser a volta da publicidade no mobiliário urbano da capital paulista, quatro anos após a chegada da Lei Cidade Limpa, foi publicado hoje pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD). Além de render cerca de R$ 42 milhões mensais aos cofres municipais pelos próximos seis anos, a licitação repagina equipamentos públicos que estão sucateados há mais de quatro anos.
No decreto, o prefeito fez uma mudança em relação à lei aprovada pelos vereadores em 2011: o concessionário poderá instalar um painel publicitário de até 4 metros fora da área do abrigo de ônibus. Pela legislação original, essa publicidade deveria ficar no abrigo ou no totem indicativo da parada do coletivo. A distância mínima dos relógios digitais será de 200 metros.
As zonas oeste, sul e leste vão receber 150 relógios cada na divisão dos relógios feita pelo decreto. As zonas norte e a região central vão ter cem relógios cada. Há mais de quatro anos a maior parte dos relógios de rua da capital está quebrada – e muitos que funcionam informam temperatura e horários errados. Prometida em dezembro de 2007 pelo prefeito e prevista para ocorrer até o final de se primeiro mandato, em 2008, a licitação do mobiliário urbano só vai do papel agora, quatro anos depois.
Embelezamento. Outras medidas que visam "embelezar" as ruas da cidade também estão saindo do papel justamente este ano, quando Kassab tentará eleger seu sucessor ao cargo de prefeito de São Paulo. Um exemplo é o novo modelo de varrição, que, ao preço de quase R$ 1 bilhão por ano, aumentou em 20% o volume de lixo coletado por dia na cidade - passou de 1,6 mil toneladas/dia para 1,9.
Além disso, a cidade deverá ganhar mais de 150 mil novas lixeiras, que terão de ser mantidas em funcionamento pelas empresas responsáveis por esse contrato. A terceirização da manutenção desses equipamentos, que também vai atingir os abrigos de ônibus e os relógios de rua, é a aposta do prefeito para mantê-los conservados e funcionando ainda no primeiro semestre, antes das eleições.

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