sábado, 11 de setembro de 2010

Gerentes de supermercados são presos por suspeita de venda de alimentos irregulares

JULIANNA GRANJEIA DE SÃO PAULO

Após receber denúncia, os gerentes de dois supermercados foram presos por suspeita de cometer crime contra as relações de consumo nesta sexta-feira em São Paulo. A gerente do hipermercado Walmart --da avenida Francisco Morato (zona sul de SP)-- e o gerente do supermercado Futurama --da rua Cásper Líbero (centro)-- foram presos sob acusação de vender alimentos irregulares e liberados após pagar fiança.

Robson Ventura/Folhapress
No Walmart, policiais da 2ª Delegacia de Saúde Pública do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania) afirmam ter encontrado goiabada, azeitona, queijo e pão com o prazo de validade vencido, sem etiquetas com informação sobre os prazos ou ainda em embalagens irregulares. Presa em flagrante, a gerente foi indiciada sob suspeita de crime contra as relações de consumo e solta após pagar R$ 2.000 de fiança.

Em nota, o hipermercado informou que abriu uma investigação para averiguar os fatos e tomar as providências cabíveis. "O episódio constitui fato isolado e alheio à rotina operacional de nossas lojas. A empresa repudia veementemente este tipo de falha. O Walmart informa, ainda, que possui procedimentos internos rigorosos para assegurar a excelência dos serviços e produtos oferecidos aos seus clientes. Para garantir a qualidade dos alimentos, todos os funcionários da rede são periodicamente treinados e as mercadorias com data próxima da validade são retiradas das lojas da rede, sendo sempre descartadas.

Já no Futurama, foram encontrados filé de frango, salsicha, castanha do Pará e bacon com os mesmos problemas. O gerente também foi preso em flagrante, indiciado sob suspeita de crime contra as relações de consumo e solto após pagar R$ 1.500 de fiança.

A Folha entrou em contato com o Futurama e sua versão será incluída neste texto assim que houver manifestação.

Segundo o delegado Anderson Pires Giampaoli, da 2ª Delegacia de Saúde Pública do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania), a pena para o crime contra as relações de consumo é de dois a cinco anos de prisão ou multa estabelecida pela Justiça. Os supermercados não foram fechados. "Os produtos irregulares apreendidos serão encaminhados à Vigilância Sanitária, que deverá tomar as providências em relação a estes estabelecimentos. Também orientamos os proprietários e gerentes porque 2 ou 3 semanas depois da apreensão, nós voltamos ao estabelecimento para uma nova fiscalização", afirmou Giampaoli.

Os produtos que foram apreendidos vão passar por perícia e depois serão inutilizados.

Da Folha.com

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