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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Padre é repreendido por falar de corrupção no interior de SP

Matéria publicada originalmente pelo Estadão.com.br

Chico Siqueira - Especial para o Estado 

Onze vereadores, todos alvos de ações por peculato, formação de quadrilha e falsidade; aprovaram moção de repúdio contra o religioso

 

O padre Maximiliano Pelarin Neto, da Igreja São Francisco Xavier, de Pereira Barreto, foi repreendido pela Câmara Municipal e denunciado ao seu bispo por fazer sermões, nas missas de fim de ano, condenando a prática de irregularidades no legislativo do município. Nove dos 11 vereadores da Câmara aprovaram uma moção de repúdio endereçada ao bispo pedindo punição ao padre, por acusá-los sem provas e de fazer discurso político em local impróprio.

Todos 11 vereadores de Pereira Barreto e 13 funcionários da Câmara - entre eles o diretor-geral, que foi afastado-- são acusados pelo Ministério Público de manter um esquema de funcionalismo fantasma na Casa por um ano. Eles respondem a 13 ações civis públicas, por improbidade administrativa, e a três ações criminais, por formação de quadrilha, falsidade ideológica e peculato.

"Eles criaram cargos de confiança e ainda forjaram controle de frequência para constar presença dos servidores que não compareciam ao trabalho", explicou o promotor de Justiça Robson Alves Ribeiro, autor das ações, que cobram R$ 1,6 milhão a título de valores corrigidos com devolução, multas e danos causados ao erário público.

O padre disse que não citou nomes e não acusou nenhum dos vereadores de corrupção. "Quem está com a investigação é o Ministério Público, mas também é minha missão como sacerdote, colocar a população ao par da situação", afirmou o padre.

O presidente da Câmara, Laerte Venâncio Alves (PR), diz que a moção é contra o padre "por falar de política em um lugar destinado à oração". Além disso, segundo o vereador, nenhuma das ações foi julgada até agora.

"Ele deveria esperar a sentença para dizer que os vereadores são desonestos e que há corrupção na Câmara", disse Alves, embora a Justiça tenha exonerado 11 assessores e bloqueados os bens dos acusados para garantir o ressarcimento ao erário.

O bispo de Jales (SP), dom Luiz Demétrio Valentini, informou que espera o padre retornar das férias para falar com ele sobre o assunto e só depois disso pretende comentar o assunto com a imprensa. O caso ganhou repercussão na cidade, onde centenas de moradores, fizeram uma grande carreata em 3 de janeiro, de apoio aos sermões políticos do padre nas missas. "O padre tem toda a razão de falar sobre este assunto com seus fiéis", disse o comerciante Roberto Oliveira, dono de uma pequena loja no centro da cidade.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Grupo pedala em São Paulo com bandeira contra a corrupção

Movimento Não Aceito Corrupção defende mudança de hábitos para combater irregularidades.


Pedalando contra corrupção, aquecimento para a largada


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Empresário diz que ONG desviou 90% de contrato do Ministério do Esporte

Subcontratado por entidade ligada ao PC do B, João Batista Machado afirma que dinheiro que serviria para pagar alimentação de crianças Foi parar nas mãos de políticos


O dono de uma empresa subcontratada para fornecer alimentos a crianças atendidas por um programa de esportes do governo federal diz que cerca de 90% dos R$ 4,65 milhões que recebeu dos cofres públicos entre 2009 e 2010 foram desviados para políticos de Brasília, Santa Catarina e Rio.
"Era tudo roubo. Vi maços de dinheiro serem distribuídos", afirma o dono da JJ Logística Empresarial Ltda., João Batista Vieira Machado, em entrevista exclusiva ao Estado.
Machado diz que foi usado em um esquema montado para fraudar o Segundo Tempo, programa do Ministério do Esporte que atende crianças em atividades físicas em horário extraescolar.
A microempresa sediada no município de Tanguá, na região metropolitana do Rio, foi subcontratada pelo Instituto Contato, entidade sem fins lucrativos dirigida por integrantes do PC do B de Santa Catarina que mantinha dois convênios com o Ministério do Esporte. Machado tinha de fornecer lanches para as crianças.
O dono da JJ Logística, porém, afirmou ao Estado ter fornecido alimentos cujo valor atingiu apenas R$ 498 mil. Os outros R$ 4,15 milhões saídos dos cofres públicos federais que teriam de ser usados para o fornecimento de lanches para as crianças acabaram desviados "para fins políticos", segundo as palavras de Machado.
Irregularidades no Programa Segundo Tempo já custaram o cargo do então ministro do Esporte Orlando Silva, demitido pela presidente Dilma Rousseff em outubro do ano passado - a pasta hoje é comandada por Aldo Rebelo, também do PC do B. No último dia 7 de outubro, Orlando não conseguiu se eleger para o cargo de vereador de São Paulo.
O dono da JJ Logística aponta como responsáveis pelos desvios a ONG catarinense que a subcontratou e o empresário José Renato Fernandez Rocha, o Zeca, ex-assessor parlamentar do deputado federal Dr. Paulo Cesar (PSD-RJ).
"O dinheiro vinha do Ministério do Esporte para a ONG de Santa Catarina, que passava para cá. Daqui sacava o dinheiro e mandava de volta para Brasília e Santa Catarina. Retornava o dinheiro todo", afirma o empresário. "O José Renato (Fernandez Rocha) sacava o dinheiro, colocava numa sacola e levava tudo embora para Brasília e Santa Catarina", diz o dono da JJ Logística, que alega não saber exatamente para quais políticos o dinheiro era encaminhado.
Um terceiro personagem, identificado pelo denunciante como Wellington Monteiro, era o articulador entre as pontas do esquema no Rio, Brasília e Santa Catarina.
Mentira anterior
Em fevereiro de 2011, o Estado revelou as primeiras irregularidades envolvendo o Instituto Contato. Além de problemas formais e de prazo na execução dos projetos, a reportagem mostrou que a entidade promovia aulas de tênis na rua e com raquetes de plástico e fornecia suco fora do prazo de validade. Procurado na época, Machado confirmou que fornecia lanches para a ONG catarinense, mas citou os desvios. "Fui orientado pelo José Renato a mentir naquela ocasião", diz Machado.
O dono da JJ Logística afirma ter sido "laranja" do esquema. Ele diz que se apresentará amanhã à Polícia Federal para prestar depoimento. Machado também promete levar documentos para as autoridades: notas fiscais, contrato social e alterações e cópias de cheques emitidos.
A documentação, a qual o Estado teve acesso, mostra que a JJ Logística pagou no período em que recebia repasses do Programa Segundo Tempo contas de condomínio em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, faturas de lojas de material de construção, oficinas mecânicas e lojas de tinta. Todos os cheques são assinados por Fernandez Rocha, que também usou as folhas para sacar quase R$ 2 milhões.
O contrato social mostra que foi Fernandez Rocha quem fundou a JJ Logística em abril de 2005. Mesmo depois que a transferiu para João Machado em fevereiro de 2008, continuou assinando os cheques da companhia. Além de atuar na JJ Logística, Fernandez Rocha também é sócio da MLH Comercial Ltda. A empresa recebeu R$ 1,35 milhão da ONG ligada ao PC do B.
Machado diz ter decidido denunciar o esquema por ter sido enganado por Fernandez Rocha. "Éramos amigos, mas quero botar eles na cadeia. Peguei empréstimos de R$ 280 mil e agora me viraram as costas", diz o empresário. "O Segundo Tempo é complicado. É por isso que decidi falar. Para me livrar ou para me enterrar mais. Porque depois que você entra numa dessas, você fica vulnerável com esses caboclos e pode tomar um tiro a qualquer momento."

Matéria publicada originalmente no Estadão.com.br

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Banquete anticorrupção


Para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho (terça - feira),  a ONG Educa São Paulo vai oferecer um banquete ecológico para os garis da região central da cidade, no espaço da organização, na Praça da Bandeira, 69, Centro. No coquetel  será servido caldo de milho verde, salada de espinafre, bolo de batata, salada de frutas e outras iguarias direto da roça.

O destaque do banquete ambiental ou anticorrupção será a pizza Cachoeira, recheada de novidades, encomendada aos estudantes de gastronomia solidária da PUC-SP. A pizza Cachoeira  tem como objetivo chamar a  atenção para o problema da corrupção no Brasil, que quase sempre não dá  em nada.

Vale registrar que a iniciativa não tem o apoio das respectivas empreiteiras de lixo, mas de permissionários de responsabilidade social do Ceagesp  (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) .

Texto e Foto: Devanir Amâncio, da ONG Educa São Paulo

segunda-feira, 26 de março de 2012

Projeto para internet grátis, inaugurado por atual ministro, não funciona em João Pessoa

Programa milionário de internet sem fio pra toda João Pessoa não funciona depois de dois anos de inaugurado pelo hoje Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.


Mais uma denúncia de dinheiro público mau usado. Em 2010, um projeto que transformaria João Pessoa numa cidade digital, coberta por internet grátis e sem fio, foi anunciado com festa, consumiu milhões de reais, mas hoje não funciona.

Quem o inaugurou foi o atual Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que na época do lançamento era Secretário de Ciência e Tecnologia da capital da Paraíba.

Um produtor do Fantástico marcou uma reunião com um representante da empresa que fez a instalação. Imaginando estar diante de uma nova oportunidade de negócio, o representante falou abertamente em pagar propina. 

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segunda-feira, 19 de março de 2012

O cidadão fez política em um dia especial na Câmara

Câmara Corrupção 

Acostumado às galerias vazias, comissões esvaziadas e audiências públicas sem muito “Ibope” (desculpa, aí, não é provocação), a Câmara Municipal de São Paulo viveu um sábado especial com dois eventos populares em suas dependências. A Consocial Livre, que colheu propostas para o evento nacional de onde se pretende ter um país mais transparente e com atuação mais firme da sociedade, e o II Congresso de Combate a Corrupção, organizado pelo #NasRuas, o mesmo grupo de cidadãos que mobilizou, pelas redes sociais, manifestações pelo Brasil inteiro. Neste último, para o qual fui convidado e participei, o encontro foi no mesmo plenário em que vereadores se reúnem todas as semanas para discutir e votar projetos de lei. Em lugar de parlamentares, cidadãos estavam sentados nas confortáveis poltronas que não foram suficientes para receber todos os participantes do evento – muitos se ajeitaram em cadeiras que estavam mais ao fundo. E, lógico, por lá estiveram, também, os fieis voluntários da rede Adote um Vereador, Alecir Macedo e Cláudio Vieira. Na mesa onde os trabalhos são coordenados, estiveram juristas, advogados, cientistas políticos, procuradores, jornalistas, entre outros tantos convidados que debateram ações para tornar a política mais próxima dos anseios da sociedade. Ali se falou em impunidade, imunidade, foro privilegiado, cidadania, ética, educação política e da necessidade de se criar uma Lei Nacional de Corrupção.

Fiquei bastante impressionado com a organização e mobilização do grupo que está a frente do #NasRuas. Levar aquela quantidade de pessoas para dentro do plenário demonstra que é possível fazermos uma discussão séria sobre o que se pretende do País. Algumas ideias surgiram e outras foram deixadas de lado com base nos argumentos apresentados pelo elenco de especialistas. É muito cedo para sabermos quanto se avançará ainda neste processo, porém a população dentro do plenário foi de um significado e tanto para mim que – e você, meu caro e raro leitor, é testemunha disso – sempre defendeu a ideia de que cabe a nós, cidadãos, fiscalizar, monitorar e acompanhar cada passo dos políticos que elegemos para construir a política que queremos.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Fiscais da Receita Federal levavam vida de milionários em São Paulo



Segundo as investigações, os fiscais exigiam dinheiro de empresários e acumularam uma fortuna incompatível com os salários que ganham.

Leia a reportagem completa no Portal G1/Fantástico

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Primeiras-damas de municípios de SP e AL são acusadas de desviar dinheiro público



Em Limeira, o Ministério Público tem indícios de que a a primeira-dama Constância Félix montou empresas com nome de outras pessoas para esconder um patrimônio milionário. São pelo menos 61 imóveis. O valor total passa dos R$18 milhões.

Leia a matéria completa no Portal G1/Fantástico

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vereador José Américo (PT) comemora a baixa adesão a manifestação contra corrupção

O vereador pelo PT, perdeu uma boa oportunidade de manter-se em sua "toca", com seu partido envolvido até as "tampas" em corrupção, comemorou a baixa adesão ao Movimento Contra a Corrupção. É lógico que o movimento foi prejudicado pelas chuvas em várias capitais do país, principalmente em São Paulo.

Veja abaixo, as postagens do vereador em seu perfil no Twitter (ontem por volta das 18,37 hrs.):

Reforçada por ex-presidente da Bovespa, uma das reservas éticas de SP, a Marcha contra a Corrupção promete engrossar a mobilização em 2012.
Mas, por enquanto, o revolucionário movimento anti- corrupção só juntou 200 no Masp. Órgãos de imprensa tentaram ajudar mas não adiantou...
Ophir Cavalcante, pres. da OAB, metido a "líder" da luta contra a corrupção, recebe sem trabalhar como proc. do Para - 20 mil/ mês.Vergonha!

Não se preocupe vereador, estamos de olho e um dia a casa cai!




domingo, 6 de novembro de 2011

Ministro do Trabalho afasta assessor especial que estaria envolvido em fraudes


O assessor Anderson Alexandre dos Santos foi citado numa reportagem da revista Veja como sendo o operador de um esquema que funcionaria dentro do Ministério do Trabalho para tirar dinheiro de ONGs.

Leia a matéria completa no Portal G1

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

ONG é suspeita de desviar verba do Ministério do Esporte

A ONG é suspeita de usar empresas de fachada para desviar dinheiro público. A reportagem é de Mauricio Ferraz e Bruno Tavares.


A organização não-governamental, que atua no interior de São Paulo, é a que mais recebeu dinheiro da pasta. O ministro Orlando Silva reconheceu que pode ter havido falha na fiscalização.

Leia a matéria completa no Portal G1/Fantástico

domingo, 16 de outubro de 2011

Militante do PC do B acusa Orlando Silva de montar esquema no Ministério do Esporte




Reportagem da edição deste fim de semana da revista "Veja" afirma que o ministro do Esporte, Orlando Silva, participou de suposto esquema de desvio de dinheiro da pasta.
Na reportagem, a "Veja" ouviu o policial militar João Dias Ferreira, preso pela Polícia Civil de Brasília em 2010. Ferreira afirmou que o ministro teria comandando um esquema de desvio de verbas do programa Segundo Tempo, que visa incentivar a prática esportiva entre crianças e adolescentes. Conforme a revista, o suposto esquema teria desviado cerca de R$ 40 milhões da pasta nos últimos oito anos.
Leia a matéria completa no Portal G1

sábado, 27 de agosto de 2011

Quadrilha forja pagamento de taxas por 17 anos; Prefeitura sofre fraude recorde

Segundo a Corregedoria-Geral do Município, fraude pode chegar a R$ 100 milhões

Felipe Frazão - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O rombo causado pela quadrilha que forjava o pagamento de taxas para construção de prédios em São Paulo já passa dos R$ 50 milhões e pode chegar aos R$ 100 milhões, segundo a Corregedoria-Geral do Município. Trata-se do maior golpe já aplicado por particulares contra a Prefeitura em toda a história e já durava pelo menos 17 anos. Quatro pessoas foram presas por envolvimento no esquema.
A Prefeitura encontrou cerca de 900 documentos suspeitos. O mais antigo deles é de 1994 e envolve fraudes no carnê do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). A guia de recolhimento de maior valor, R$ 14 milhões, é de janeiro, da Mesarthin Empreendimentos - consórcio que, segundo a Corregedoria, é formado por Zabo e Odebrecht.
Até agora, já se constatou que quatro construtoras, Marcanni, Zabo, Porte e Onoda, apresentaram à Prefeitura guias com autenticação bancária falsa para obter o aval para levantar edifícios acima do gabarito permitido na cidade - a chamada outorga onerosa. A investigação começou em junho, com denúncia da vice-prefeita Alda Marco Antônio.
Nesta sexta-feira, a Polícia Civil prendeu quatro envolvidos no esquema. Eles são acusados de fazer parte de uma quadrilha que pode ter mais de 20 integrantes. E de participar diretamente do esquema, indicando às construtoras como pagar a outorga onerosa com precatórios - títulos da dívida pública.
Pelo sistema, quando uma construtora quer levantar um prédio de área maior que a permitida na região, solicita autorização e paga à Prefeitura, por meio de guia. O valor vai para o Fundo Municipal de Urbanização. As guias do esquema sempre foram levadas à Prefeitura, e aceitas, com a autenticação do pagamento em bancos "fantasmas" - o dinheiro nunca chegou. A Prefeitura não sabe explicar como a fraude não foi percebida antes.
Guia permite obra mais alta. A outorga onerosa é uma autorização expedida pela Prefeitura para que uma construção seja feita acima dos limites de tamanho e altura estabelecidos pela legislação municipal. Quando uma construtora quer levantar um prédio de área maior que a permitida na região, solicita autorização e paga à Prefeitura, por meio de uma guia. O valor vai para o Fundo Municipal de Urbanização. A concessão é responsabilidade das Secretarias de Desenvolvimento Urbano e de Habitação.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Os rastros da corrupção no Brasil

A NOTÍCIA
No início deste mês pipocou na imprensa brasileira mais um escândalo de corrupção, desta vez envolvendo o Ministério do Turismo comandado pelo PMDB, o maior aliado da Presidenta Dilma.



O PROTESTO
Na tentativa de abafar o caso, rapidamente o  ex-presidente Lula e sua sucessora e afilhada política saíram em defesa dos envolvidos. Numa clara tentativa de desviar as atenções dos fatos e desqualificar a operação da Polícia Federal, criticaram o uso de algemas contras os indiciados no escândalo. Quando nossos governantes estão metendo as mãos em nossos bolsos, não se preocupam nem um pouco com suas imagens, quando são pegos com a mão na botija vem a preocupação com a imagem e humilhação, esquecem dos rastros que seus atos deixam Brasil a fora.

Esta ferramenta é o terror de nossos governantes, para os menos atentos isto  é um par de algemas.

A VERGONHA
Na sexta-feira (20/08) a TV Globo levou ao ar no Jornal Nacional, a situação vergonhosa que se encontram as vítimas das enchentes de Junho/2010 em Alagoas - leia a reportagem aqui -. Isto sim deveria envergonhar estes corruptos que infestam nosso país e, quando demitidos pelo governo voltam a reinar em seus "intocáveis" mandatos de deputados ou senadores... vergonha total!

Situação das vítimas de enchente de Junho/2010 em estado de miséria

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Festa macabra

Demétrio Magnoli e Adriano Lucchesi - O Estado de S.Paulo
"Há uma percepção crescente de que a aritmética da Copa do Mundo é um tanto instável", escreveu o Times de Johannesburgo um mês depois do triunfo da Espanha nos campos sul-africanos. "Temos estádios em excesso para nosso próprio uso. Talvez devêssemos exportar estádios para o Brasil, que fará sua Copa do Mundo?". A constatação estava certa; a sugestão, errada. O Brasil, país do futebol, terá o mesmo problema que a África do Sul, país do rúgbi. Aqui, como lá, a festa macabra da Fifa é um sorvedouro implacável de recursos públicos.
Mafiosos usam a linguagem da máfia. Confrontado com evidências de corrupção na organização que dirige, Sepp Blatter avisou que tais "dificuldades" seriam solucionadas "dentro de nossa família". As rendas de radiodifusão e marketing da Fifa ultrapassaram os US$ 4 bilhões no ciclo quadrienal encerrado com a Copa da África do Sul. O navio pirata já se moveu para o Brasil, onde a Fifa articula com seus sócios a rapina seguinte.
O brasileiro João Havelange planejou a globalização do futebol, expandindo a Copa para 24 seleções, em 1982, e 32, em 1998. Blatter concluiu a transformação, rompendo a regra de rodízio de sedes entre Europa e América. Como constatou a Sports Industry Magazine, sob um processo milionário de licitação do direito de hospedagem, as ofertas nacionais assumiram "a forma de promessas de mais e mais pródigos novos estádios para os jogos e novos hotéis luxuosos para uso dos dirigentes da Fifa e de fãs endinheirados". A Copa é um roubo: as despesas são pagas com dinheiro público, de modo que a licitação "constitui, de fato, um esquema de extração de renda concebido para separar os contribuintes de seus tributos".
O saque decorre da conivência de governos em busca de prestígio e de negociantes em busca de oportunidades. Na Europa a rapinagem é circunscrita por uma cultura política menos permeável à corrupção e pela existência prévia de modernas infraestruturas hoteleiras, esportivas e de transportes. Por isso a Fifa seleciona seus próximos alvos segundo critérios oportunistas de vulnerabilidade. Encaixam-se no perfil África do Sul e Brasil, países emergentes que ambicionam desfilar no círculo central do mundo, assim como a semiautoritária Rússia, sede de 2018, e a monarquia absoluta do Qatar, que bateu a Grã-Bretanha na disputa por 2022.
Antes das Copas, consultores associados às redes mafiosas produzem radiosas profecias sobre os efeitos econômicos do evento. Depois, quando emergem os resultados efetivos, eles já estão entregues à fabricação de ilusões no porto seguinte. A África do Sul gastou US$ 4,9 bilhões em estádios e infraestruturas, que gerariam rendas imediatas de US$ 930 milhões derivadas do afluxo de 450 mil turistas, mas só arrecadou US$ 527 milhões dos 309 mil turistas que de fato entraram no país.
O verdadeiro legado positivo da Copa de 2010 foi a mudança de paradigma no sistema de transporte público urbano, pela introdução de ônibus, em corredores dedicados, e do Gautrain, trem rápido de conexão com o aeroporto de Johannesburgo. Os ônibus enfrentavam selvagem resistência dos sindicatos de operadores de peruas, superada pelo imperativo urgente do evento esportivo. O Gautrain serve exclusivamente à classe média, com meios para adquirir bilhetes cujos preços excluem a população pobre. Mas o argumento de que sem uma Copa, não se realizariam obras necessárias de mobilidade urbana equivale a uma confissão de incompetência da elite dirigente.
Eventos esportivos globais tendem a gerar ruínas urbanas, mesmo em países mais inclinados a zelar pelo interesse público. Japoneses e sul-coreanos ainda subsidiam a manutenção das arenas da Copa de 2002. As dívidas contraídas para as obras da Olimpíada de Atenas e da Eurocopa de 2004 aceleraram a marcha rumo à falência da Grécia e de Portugal. A África do Sul incinerou US$ 2 bilhões na construção e reforma das dez arenas da Copa. Todas, com exceção do Soccer City, de Johannesburgo, usado para jogos de rúgbi e shows, figuram hoje como monumentos inúteis, conservados pela injeção de dinheiro público. A Cidade do Cabo paga US$ 4,5 milhões ao ano pela manutenção da arena de Green Point, erguida ao custo fabuloso de US$ 650 milhões e usada apenas 12 vezes depois da Copa. Lá se desenrola um melancólico debate sobre a alternativa de demolição do icônico estádio, emoldurado pela magnífica Table Mountain.
O Brasil decidiu ultrapassar a África do Sul. Aqui, serão 12 arenas, a um custo convenientemente incerto, mas bastante superior aos dispêndios sul-africanos. As futuras ruínas já drenam vultosos recursos públicos, mal escondidos sob as rubricas de empréstimos do BNDES e subsídios estaduais e municipais. O governo paulista prometeu não queimar o dinheiro do povo na festa macabra da Fifa, mas o alcaide Gilberto Kassab assinou um cheque público de US$ 265 milhões destinado ao estádio do Corinthians. São 16 centros educacionais, para 80 mil estudantes, sacrificados por antecipação no altar de oferendas às máfias da Copa. O gesto de desprezo pelas necessidades verdadeiras dos contribuintes reproduz iniciativas semelhantes adotadas, Brasil afora, por governos estaduais e municipais.
Segundo a lógica perversa do neopatriotismo, a Copa é um artigo de valor só mensurável sob o prisma da restauração do "orgulho nacional". De fato, porém, a condição prévia para a Copa é a cessão temporária da soberania nacional à Fifa, que assume funções de governo interventor por meio do seu Comitê Local. O poder substituto, nomeado por Blatter, já obteve o compromisso federal de virtual abolição da Lei de Licitações e pressiona as autoridades locais pela revisão das regras de concorrência pública. Malemolentes, ao som dos acordes de um verde-amarelismo reminiscente da ditadura militar, cedemos os bens comuns à avidez dos piratas.
SOCIÓLOGO E DOUTOR EM GEOGRAFIA HUMANA PELA USP (DEMETRIO.MAGNOLI@TERRA.COM.BR);
ADMINISTRADOR DE EMPRESAS E MESTRE EM TURISMO SUSTENTÁVEL 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Médicos e dentistas fraudam plantões para receber sem trabalhar

Mais de 70 profissionais de saúde foram investigados, na capital e no interior de SP. Segundo as investigações, a maioria recebia salário, mas simplesmente não aparecia para trabalhar nos plantões.




Leia a matéria comleta no PortalG1/Fantástico

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Polícia prende 13 suspeitos de corrupção em Taboão da Serra

Operação cumpre mandados na Grande SP desde a madrugada.
Vereador e secretários são suspeitos de esquema de corrupção.




Leia a matéria completa no portal G1/SP

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Escolas públicas têm merenda estragada e ratos na cozinha



Em um mês de investigação, uma equipe do programa flagrou a péssima qualidade da merenda em escolas públicas do país: comida estragada, vencida, armazenada de qualquer jeito, intragável.

Leia a matéria completa no Portal G1/Fantástico

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Defesa Civil de SP nega irregularidade em repasse de doação a desabrigados

Donativos para vítimas das chuvas do Rio foram repassados a fundação.
Entidade é ligada a vereador paulistano.


Juliana Cardilli do G1/SP
paca de lima (Foto: Juliana Cardilli/G1)Paca de Lima, da Defesa Civil, prestou esclareci-
mentos na Câmara Municipal de São Paulo na
manhã desta quinta-feira (Foto: Juliana Cardilli/G1)
O coordenador da Defesa Civil de São Paulo, Jair Paca de Lima, negou nesta quinta-feira (5) qualquer irregularidade no repasse de donativos arrecadados pelo órgão para uma instituição ligada ao vereador Ushitaro Kamia (DEM). Cerca de 250 kg de roupas e alimentos arrecadados em campanhas para os desabrigados no Rio de Janeiro e São Paulo pelas chuvas do início do ano foram repassados para a Fundação Oriente-Ocidente, ligada ao vereador. Foi a primeira vez que a instituição recebeu donativos da Defesa Civil.

Lima foi chamado para prestar esclarecimentos aos vereadores em reunião realizada na manhã desta quinta na Câmara Municipal, no Centro de São Paulo. O encontro foi convocado pelo líder do governo, Roberto Trípoli (PV). Segundo ele, uma sindicância já foi aberta na Defesa Civil. Reportagem da Rádio Bandeirantes desta quarta-feira (4) mostrou gravações em que uma funcionária da Defesa Civil disse ao telefone que doações seriam facilitadas com indicações de vereadores.

Mais de 300 toneladas de donativos foram arrecadas durante a campanha – destas, mais de 95 toneladas foram repassadas para o Rio de Janeiro e outras 105 toneladas foram distribuídas em São Paulo. O restante, que ficou na Defesa Civil, é encaminhado para instituições que façam pedidos.

Durante seu depoimento, o coordenador da Defesa Civil relatou como foi feita a campanha de arrecadação de donativos e garantiu que o encaminhamento de donativos não teve razões políticas e foi feita de maneira legal, sem nenhum pedido do vereador. “Não houve desvio de nada que foi repassado.”

Gravação
Paca de Lima chegou a questionar a veracidade da gravação veiculada pela reportagem. Para ele, pode ter ocorrido uma edição e as palavras ditas pela funcionária poderiam estar em outro contexto. Segundo Lima, a própria funcionária, que é concursada e está no órgão há mais de 5 anos, lhe disse que houve edição. “Foi ela que me disse, ‘Coronel, estão faltando palavras nessas afirmações, estão faltando frases nessas declarações’”, afirmou.

O questionamento foi repetido em entrevista aos jornalistas. “Se houve [orientação da funcionária], se é conforme está na declaração, foi único e exclusivo da cabeça dela, não é norma da Defesa Civil, não é praxe, não é uma prática da Defesa Civil”, afirmou.

A Rádio Bandeirantes negou qualquer manipulação da gravação e informou ao SPTV que tem a íntegra da entrevista. O vereador José Américo (PT) rebateu o questionamento, ressaltando que a gravação é cristalina e que é clara a indicação da funcionária a vereadores. Nesta quarta, a denúncia deixou os ânimos exaltadas na Câmara, já que, apesar de a funcionária ter feito menção a vereadores, no plural, apenas o nome de Kamia foi citado. Ele também afirmou que vai sugerir que a Corregedoria da Câmara abra uma sindicância e chame a funcionária que citou os vereadores para depor.

Amizade
O coordenador da Defesa Civil admitiu ser amigo de Kamia, mas disse que não teve nenhum contato com o vereador em relação ao repasse de donativos – que por isso, não teriam nenhuma conotação política. “O vereador Kamia é nosso amigo, como são todos os vereadores. Não há nenhuma ligação política. Nós atendemos toda a população. Tanto que se um empresário ligar lá, dizer que tem uma instituição legalizada, que atenda a população, nós estamos atendendo”, disse Lima. “Nós nunca recebemos nenhuma solicitação de vereador, nem pedido de deputado.”

O vereador Kamia não se pronunciou durante a reunião, mas negou em entrevista aos jornalistas que tenha pedido as doações para a Defesa Civil. “Eu fiquei indignado com essa denúncia, em momento nenhum eu estive em contato com a Defesa Civil. O relacionamento que foi feito foi de uma pessoa da Defesa Civil com uma pessoa de nosso gabinete que estrutura toda essa parte das associações. Foi isso que foi feito. Eu em nenhum momento interferi. Eu nunca solicitei para a Defesa Civil qualquer tipo de ajuda”, afirmou.

Kamia também não soube dizer por que a funcionária da Defesa Civil citou seu nome como um facilitador para o repasse de doações, e também negou seja prática da fundação Oriente-Ocidente pedir o número do título de eleitor para que haja o repasse. Em uma segunda gravação feita pela Rádio Bandeirantes, um funcionário da entidade diz que é preciso dar o número do documento para receber os donativos – o que levantou suspeitas sobre alguma motivação política.

“Em nenhum momento eu peço o titulo de eleitor. Ninguém anda com o titulo. Eu não sei por que ela colocou, ela falou que foi induzida antes da gravação”, disse o vereador. Ele ainda afirmou que não tem relações políticas com o coronel Jair Paca de Lima, e que não o auxiliou em sua campanha eleitoral para deputado estadual no ano passado.

Durante a reunião, o vereador Aurélio Miguel (PR) pediu um relatório dos repasses feitos para todas as instituições para a Defesa Civil e também a íntegra da gravação feita com a funcionária do órgão municipal pela Rádio Bandeirantes. A requisição da fita também será feita pela Corregedoria da Câmara.

Os ânimos chegaram a ficar exaltados no momento em que o vereador Adilson Amadeu (PTB) passou a fazer questionamentos.


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