sábado, 4 de maio de 2013

Relógios de rua voltam a funcionar em SP

Catorze equipamentos serão ligados nas Avenidas Brasil e 9 de Julho; além do horário, equipamentos trarão informações sobre temperatura
CAIO DO VALLE - O Estado de S.Paulo
Após anos de desuso, os relógios de rua da cidade de São Paulo voltam a registrar horários corretamente. Catorze desses equipamentos voltaram a funcionar nesta sexta-feira, de acordo com a concessionária responsável por sua administração, nas Avenidas 9 de Julho e Brasil, ambas na zona sul da capital.
Além do horário, os aparelhos, como os antecessores analógicos, trarão dados sobre a temperatura do entorno. Quando necessário, também informarão a respeito da qualidade atmosférica. Até meados de maio, aproximadamente cem relógios deverão ser instalados. Desde 2010, o funcionamento desse mobiliário urbano oscilava nas vias paulistanas, por causa de problemas contratuais de gestão, cortes de energia feitos pela Eletropaulo e da discussão de publicidade nas ruas, motivada pela Lei Cidade Limpa.
Daquele ano em diante, os antigos 303 totens espalhados pela cidade foram gradualmente deixando de funcionar, e, em seguida, desmontados. Em 2012, a Prefeitura lançou concorrência para conceder a exploração publicitária dos novos relógios. O consórcio formado pelas empresas JCDecaux e Publicrono - que administrou por 12 anos os velhos relógios urbanos - venceu a disputa, formando a concessionária A Hora de São Paulo, que instalará e operará os novos aparelhos.
Mil equipamentos. Com tecnologia digital, os equipamentos vêm em dois modelos, um desenhado por Carlos Bratke e o outro por Ruy Ohtake. As empresas informaram que um sistema de GPS, localização global feita por satélites, vai sincronizar a hora dos relógios. Por sua vez, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informará sobre a qualidade do ar - se está boa, regular ou inadequada. Outras informações da Prefeitura também podem ser veiculadas.
Em até 14 meses, as ruas receberão mil equipamentos, transformando São Paulo "no município com o maior projeto de relógios eletrônicos digitais do mundo", segundo a concessionária. A quantidade poderá ser aumentada. Devem ser investidos pelas empresas R$ 200 milhões na instalação, "sem ônus" para a Prefeitura, conforme a concessionária.
A região central receberá, no máximo, cem relógios. As demais zonas da cidade - leste, sul, norte e oeste - terão no mínimo 150 relógios cada. As Avenidas Professor Fonseca Rodrigues e Professor Frederico Hermann Júnior, além da Rua Funchal, também estão na leva das que receberão os primeiros aparelhos. A instalação ocorre de madrugada.

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