DE SÃO PAULO
A gestão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), atingiu o menor índice de aprovação e a pior nota média de seu segundo mandato, mostra o Datafolha.
Segundo pesquisa realizada do dia 7 ao dia 9, 20% dos paulistanos aprovam a atual gestão, avaliando o governo Kassab como ótimo ou bom.
O resultado indica uma oscilação negativa em relação à pesquisa anterior, de setembro, quando 24% dos entrevistados aprovavam a administração paulistana (a margem de erro das pesquisas é de três ponto percentuais, para mais ou para menos).
Em uma escala de zero a dez, a nota média atribuída a Kassab é 4,5. Na pesquisa anterior, era 4,9.
Em relação a setembro, o índice dos que consideram a gestão Kassab ruim ou péssima subiu de 32% para 40%.
A reprovação a Kassab é maior entre os moradores mais ricos da cidade (renda familiar mensal acima de dez salários mínimos). Nesse segmento, o prefeito atinge 47% de ruim ou péssimo e apenas 15% de ótimo ou bom.
Entre os mais jovens (de 16 a 24 anos), Kassab tem sua menor reprovação (32% de ruim ou péssimo), índice seguido de perto pela avaliação dos mais velhos (acima de 60 anos): 33% de reprovação.
De acordo com o Datafolha, o desempenho atual de Kassab só é melhor do que aqueles registrados em 2006 e 2007, nos primeiros meses à frente da prefeitura.
Eleito vice-prefeito de José Serra (PSDB) em 2004, Kassab "herdou" a Prefeitura de São Paulo quando o tucano deixou o cargo para disputar o governo do Estado.
À época bastante desconhecido, Kassab chegou a ter apenas 10% de ótimo ou bom, em maio de 2006.
Pouco mais de dois anos depois, o prefeito conseguiu alterar o cenário e atingiu índice recorde de aprovação desde pelo menos Jânio Quadros (86-88), quando o Datafolha começou a fazer esse tipo de pesquisa.
Em outubro de 2008, Kassab pôde ostentar 61% de ótimo ou bom. Com o percentual, superou Paulo Maluf (93-96) como o prefeito mais bem avaliado de São Paulo em final do mandato --o pepista teve aprovação de 57% dos entrevistados em de 1996.
O recorde de Kassab foi conquistado durante a campanha eleitoral daquele ano.
A ascensão de sua aprovação coincidiu com a subida nas pesquisas de intenção de voto. Na disputa eleitoral, Kassab teve o maior tempo em TV e rádio no programa eleitoral gratuito.
INFLUÊNCIA
A atual avaliação negativa de Kassab faz com que ele não seja um bom padrinho eleitoral na disputa pela sucessão de seu cargo.
Segundo o Datafolha, 49% dos entrevistados não votariam no candidato apoiado por Kassab, 35% dizem que o apoio seria indiferente e 13% afirmam que poderiam votar em quem ele indicasse.
Editoria de Arte/Folhapress
| ||
Fonte: Folha.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário