Primeira reunião presencial do Adote um Vereador, em março de 2009, em São Paulo
Motivar as pessoas a acompanhar o trabalho da Câmara Municipal e incentivar o cidadão a influenciar nas decisões tomadas pelos vereadores foram alguns dos objetivos traçados há quatro anos quando foi lançada a ideia da Rede Adote um Vereador. Dos grandes orgulhos que tive neste tempo foi perceber que, com este projeto, se dava a oportunidade para que alguns enxergassem a capacidade que tinham de ajudar no desenvolvimento da sua cidade. Um desejo que já havia dentro de cada um deles, que se identificava em alguns atos, mas não de forma sistemática. Chegar ao fim da primeira etapa deste programa de cidadania reforça o desejo de ampliar nossas ações estendendo a rede para que mais pessoas possam se juntar a nós, para que novas estratégias sejam elaboradas e se invista em ferramentas mais apropriadas e eficazes para fiscalizar os vereadores. Hoje, percebo que noticiar nossas atitudes tanto quanto tomá-las fizeram com que cidadãos se motivassem a investir em iniciativas próprias ou coletivas, criando outros movimentos e serviços que colocam as informações sobre o legislativo municipal ao alcance da população. Muitas daqueles que começaram a caminhada ao nosso lado não resistiram, desisitiram pelos mais diferentes motivos, outros se uniram, aprenderam, ensinaram e praticaram a cidadania. A todos estes só tenho a agradecer por acreditarem nesta ideia.
Uma das metas propostas era a de, ao fim de quatro anos, ter na primeira página dos sites de buscas na internet, em especial o Google, links nos quais fosse possível consultar informações sobre o vereador com dados produzidos pelo Adote um Vereador – uma forma de oferecer ao eleitor conhecimento a partir de fontes independentes e críticas. Nesta semana fiz uma pesquisa no Google usando o nome de cada um dos 55 vereadores que aparecem na página oficial da Câmara Municipal de São Paulo e o resultado foi animador. Dos vereadores em atividade, 38 têm seu nome relacionado ao Adote um Vereador já na primeira página, ou seja, alcançamos 69% dos mandatos. Se incluirmos mais seis que apareceram na segunda página chegaremos a 80%. Apenas 11 (20%) parlamentares ficaram de fora, o que não significa que estes não tenham sido fiscalizados.
O que mais me entusiasmou foi o fato de perceber que todos os 55 vereadores tinham seus nomes relacionados em sites de outras iniciativas que promovem a cidadania tais como o Movimento Voto Consciente e o Radar da Câmara. Ou seja, se o eleitor estivesse interessado em pesquisar antes de votar, encontraria algum tipo de informação não controlada pelo parlamentar e suas assessorias e produzida pelos próprios cidadãos, além, evidentemente, de notícias que estão publicadas em centenas de veículos de comunicação, sites e blogs.
Apesar dos avanços que a rede Adote um Vereador alcançou, muitos deles registrados neste blog, e de alcançarmos a meta de colocar estes parlamentares no foco do cidadão, através da internet, percebe-se a necessidade de se intensificar as ações de fiscalização, controle e monitoramento. Hoje, assim que tivermos uma ideia de como será formada a nova Câmara Municipal (de São Paulo e de todas as demais cidades brasileiras), estará na hora de recomeçar nosso trabalho. De forma criteriosa escolher aquele que elegemos ou qualquer outro que tenha sido eleito e reassumir o compromisso de adotar um vereador.
E adotar significa: controlar, monitorar, fiscalizar e, depois, espalhar.
Quem vem comigo em mais este desafio?
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