Uma manifestação pelo fim da violência reuniu mais de 400 pessoas nesta segunda-feira no Pátio do Colégio, Centro de São Paulo, segundo estimativas da Polícia Militar. O ato contou com a participação de entidades da sociedade civil, religiosas e sindicais, além de partidos políticos e gestores públicos.
A iniciativa, organizada pelos movimentos “Paulistanos pela Paz” e “Reaja”, surgiu durante dois encontros realizados na semana passada na Câmara Municipal para a elaboração de um documento que convoca os moradores da capital a se unirem em busca da implantação de uma cultura de paz em São Paulo.
"A manifestação é uma forma de chamarmos a atenção da população para os diversos movimentos que estão na luta contra a violência", destacou o rabino Gilberto Ventura, um dos coordenadores do movimento "Reaja".
O vereador Gilberto Natalini (PV), mediador dos encontros realizados na Câmara, também participou do ato. "A situação que estamos passando nos assusta e nos deixa preocupados. Por isso, precisamos nos unir e lutar pelo fim da violência. Não podemos admitir que as coisas continuem como estão”, disse.
"Reunimos pessoas de todas as religiões para mostrar que independentemente do que se acredita, todos podem viver unidos. Além disso, a religião pode ajudar a termos paz", acrescentou Rute Cardoso, integrante do movimento "Paulistanos pela Paz", que é budista tibetana.
Durante a manifestação, que contou com a apresentação de músicos, pessoas que perderam amigos e familiares por conta da violência deram seus depoimentos.
A mãe de Caroline Silva Lee, 15 anos, assassinada durante um assalto em Higienópolis, chorou enquanto pedia justiça. “Faz pouco mais de um mês que mataram a minha filha e estou aqui porque quero pedir paz. Precisamos de leis mais fortes para que outras pessoas também não sejam vítimas”, declarou.
O presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Federal, Ariel de Castro Alves, avaliou como fundamental ações como a desta segunda-feira. “Os homicídios estão se intensificando e não podemos continuar parados diante dessa guerra urbana. Muitos jovens de periferias estão sendo assassinados. Os casos não estão esclarecidos e percebemos uma grave crise na segurança pública”, analisou.
Fonte: Portal da CMSP
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