Faltando exatamente um ano para a próxima corrida eleitoral, por 38 votos favoráveis e 7 contrários, os vereadores aprovaram a contratação de mais 12 novos assessores por gabinete, ou seja 660 novos assessores parlamentares, ao custo aproximado de 7 milhões ao ano. Aprovado a toque de caixa, o PL 308/2015 completou apenas uma semana de tramitação na casa. Um substitutivo apresentado de última hora, fixou os salários em aproximados R$ 900,00/mensais.
Os discursos são os mais variados, que as contratações serão a custo zero, a verba de R$ 130 mil mensais não serão mexidas, os novos assessores atenderão a população e todos repudiam o fato de estarem contratando 660 novos cabos eleitorais para as próximas eleições. Espero que o TRE tenha outra visão e analise o caso tomando as providências cabíveis, ou os futuros candidatos entrarão em desigualdade de condições para a próxima disputa.
O projeto ainda depende de sanção do prefeito para ser transformado em lei.
Vamos aos fatos:
Os vereadores dispõem de uma verba mensal de R$ 130 mil para a contratação de assessores e mais R$ 19.900,00 destinado ao custeio de serviços gráficos, correios, assinaturas de jornais, deslocamentos por toda a cidade e materiais de escritório, entre outras despesas. Você acredita que os 18 assessores já contratados concordarão com uma redução em seus salários para acomodar os novos companheiros? Com a contratação de mais assessores o consumo de água, luz, papel, energia elétrica, vale transporte, vale refeição, etc... continuarão os mesmos? Sem levar em consideração que o espaço físico não comportaria 30 assessores mais o vereador, o que colocaria os novos contratados no corpo a corpo pela cidade.
Como diz aquele ditado, "o tempo é o senhor da razão", vamos aguardar para breve um novo projeto aumentando as verbas de custeio dos gabinetes. Não existe almoço grátis, de algum lugar terá que sair esta verba.
Votos contrários ao projeto: Andrea Matarazzo (PSDB), Mario Covas Neto (PSDB), Natalini (PV), Patrícia Bezerra (PSDB), Ricardo Young (PPS), Salomão (PSDB) e Toninho Vespoli (PSOL). Confira os votos favoráveis clicando aqui.
Durante os encaminhamentos de votação, os vereadores Andrea Matarazzo (PSDB) -que mudou de ideia no decorrer da semana- declarou voto contrário e liberou a bancada para o voto, Ricardo Young (PPS) declarou voto contrário, Dalton Silvano (PV) contestou a mudança de ideia do vereador do PPS e desferiu-lhes algumas agulhadas bem a seu estilo, provando que está se lixando para a opinião pública, como você poderá ouvir no áudio abaixo:
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