Vereador recebeu 7,8 milhões de votos para o Senado e diz que foi boicotado pela coligação com o PT, que favoreceu a candidatura de Marta Suplicy
DIÁRIO_ Qual a sua avaliação da campanha para o Senado?
Netinho_ Deu para quantificar a força do PC do B e também perceber como é a polarização da disputa entre o PT e o PSDB no estado. A campanha foi intensa. Porém, o tempo de TV foi muito desproporcional.
E a atuação da militância?
A militância do PC do B é muito presente em todas as eleições. A distribuição da cola de votação era muito importante porque tinha um número grande de cargos em disputa. A gente soube que, simplesmente, o meu nome foi retirado do material de campanha distribuído semanas antes da eleição. E isso prejudicou muito o meu desempenho nas urnas.
Esse material de campanha distribuído sem o seu nome era da coligação?
Sim, isso foi feito pela própria coligação (União para Mudar: PT, PC do B, PDT, PR, PRB,
PSDC, PTN, PRP, PT do B e PRTB). Isso também mexeu muito com a cabeça do eleitor.
E qual é o futuro do PC do B?
O partido sai muito maduro dessa eleição. Chegou a hora do PC do B deixar de ser um partido de apoio para ser protagonista nas eleições.
E como isso vai acontecer?
Vamos buscar novos aliados. É necessário que surja uma terceira opção para essa divisão política que existe entre PT e PSDB. Vejo que há uma grande possibilidade do PC do B se aliar à ala mais progressista do PMDB. E, claro, de outros partidos também.
Uma aliança com o PMDB não é uma mudança muito radical para o PC do B?
Em 2010, ficou claro que o PC do B é uma peça fundamental no jogo político do estado. Vamos, sim, ampliar o horizonte de coligações. Eu vejo que o PMDB vai ter um papel fundamental para as próximas eleições, tanto para prefeito quanto para o Senado, por isso eu quero fazer essa aproximação.
O PSDB fez uma campanha suja para o Senado?
Sim, eles não tinham o que dizer de mim e atacaram a minha vida pessoal. Mas isso deve ter sido uma ideia da organização da campanha. Pelo que eu sei, o Aloysio é uma pessoa íntegra e não tem esse perfil apelativo.
E a eleição do Tiririca?
É legítima. Só acho que ele deveria ter equilibrado mais o humor, que é a área dele, com propostas políticas.
No Diário de S.Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário