Para atender à demanda crescente de pessoas em busca de informações e tratamento para o crack, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) construiu uma espécie de "puxadinho" no Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), na região central de São Paulo.
O objetivo é otimizar o atendimento, que chegava a demorar cinco horas, conforme mostrou reportagem da Folha no final do mês passado.
Desde o dia 21 de janeiro, quando o centro passou a abrigar um plantão com juiz, promotor e advogados para facilitar a internação à força de usuários de droga, foram feitos 1.203 atendimentos no local, uma média de 85 por dia útil de funcionamento.
Deste total, 189 pessoas foram internadas, sendo 90% delas voluntariamente, de acordo com os dados do governo. O restante foi de internações involuntárias -pedida por um familiar, contra a vontade do viciado.
O "puxadinho" é uma tenda colocada no pátio de entrada do Cratod, que servirá de local de acolhimento para os que chegam ao centro.
Uma equipe formada por médicos e assistentes sociais fará a primeira avaliação do caso. Só serão encaminhadas para o centro aquelas situações mais graves, que necessitarem de internação.
Casos de dependentes que não forem considerados graves pelos médicos serão encaminhados pela tenda a um Caps (Centro de Atenção Psicossocial), onde é feito atendimento ambulatorial. E pedidos não relacionados à saúde serão encaminhados para os serviços de atenção social.
"Temos uma reordenação. Muitas das demandas que passavam no plantão de saúde eram sociais", disse Rosangela Elias, coordenadora de Saúde Mental, Álcool e Drogas.
Segundo ela, havia casos de pessoas que queriam sair da situação de rua ou em busca de benefícios sociais.
Na inauguração da tenda, que já funcionava como teste havia uma semana, o governador afirmou que a equipe do centro também ganhou um reforço: novos 21 psiquiatras e outros 5 clínicos gerais.
Alckmin disse ainda que foram feitos convênios para a criação de novos 185 leitos de internação no Estado.
Matéria publicada originalmente no jornal Folha de S.Paulo
Comentário enviado por Devanir Amancio da ONG Educa SP.
ResponderExcluir(A propósito da construção do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), na região central de São Paulo,do governo do Estado ,uma espécie de "puxadinho'', é o seguinte:)
O Estado nada fez senão copiar a 'casa dos craqueiros' da Prefeitura - na rua Prates , no Bom Retiro. No complexo de puxadinhos é comum encontrar pessoas pitando crack a exemplo do que ocorre em outros Espaços de Convivência da Prefeitura , como na tenda da rua General Júlio Marcondes, Santa Cecília ,região central da cidade -,onde os viciados não largam o cachimbo e atendentes da ONG responsável pelo local passam a mão na cabeça deles e dizem : "Não faz isso não" - como se fosse resolver o problema. É o que poderia ser chamado de recuperação para inglês ver. Falta disciplina nas ' tendas do crack'.
Afinal ,quando Prefeitura e Estado vão se unir para construir o 'hospital do crack' ? Que não venham com a conversa que hospital confina os flagelados da droga.
Devanir Amâncio