Como acontece em todos os municípios país afora, os Legislativos Municipais entram em recesso antes do natal, após votação do orçamento para o ano seguinte e, normalmente voltam as atividades no início de fevereiro.
Com um site da Câmara totalmente desatualizado, não existe lá sequer uma linha avisando a população sobre o período de férias dos vereadores -sei que a palavra férias incomoda muitos Edis quando substitui recesso parlamentar- mas vou tratar do assunto como férias mesmo. Qualquer dúvida consulte aqui o significado da palavra recesso parlamentar.
Sem a informação no site da Câmara Municipal, que está com atualização até o mês de outubro/2013 -você pode conferir aqui-. Fiquei sabendo através de um comentário, no Facebook, do Vereador Gilberto Mussi (DEM), 1º Secretário da Mesa Executiva para o biênio 2013/2014, de que as sessões na Câmara estarão de volta em 17 de fevereiro.
Assustado com os sessenta dias de férias, já que a última sessão foi em 16 de dezembro, fiz o seguinte comentário: " Meu
Deus, as férias na Câmara continuam até 17 de fevereiro... É preciso
tomar cuidado, Srs. Vereadores, vai que a população descobre que não
precisa mais de vocês.". Foi o suficiente para abrir uma discussão que por mim já estava encerrada após um pequeno debate com o vereador em questão, sem nenhum desrespeito de minha parte ou dele, apenas algumas alfinetadas pelo fato de eu morar em São Paulo e acompanhar os trabalhos e fazer algumas criticas sobre o tal recesso. O fato de estar morando em São Paulo não me tira o direito de acompanhar as questões políticas em minha cidade natal.
Qual não foi minha surpresa, quando hoje pela manhã me deparei com um comentário de seu filho, Renato Taques Mussi, postado durante a madrugada. Dado ao tamanho do comentário e após a resposta, meu perfil foi bloqueado pelo cidadão, me acho no direito de postá-lo aqui tamanha a capacidade de demonstrar como ainda funciona a política no interior de nosso país. Leia o comentário, volto a seguir:
Qual não foi minha surpresa, quando hoje pela manhã me deparei com um comentário de seu filho, Renato Taques Mussi, postado durante a madrugada. Dado ao tamanho do comentário e após a resposta, meu perfil foi bloqueado pelo cidadão, me acho no direito de postá-lo aqui tamanha a capacidade de demonstrar como ainda funciona a política no interior de nosso país. Leia o comentário, volto a seguir:
Isso mostra uma clara prática de clientelismo, manutenção de curral eleitoral e votos de cabresto. Tudo o que mais se abomina nas práticas de políticos, coisa normal por lá infelizmente.
Só para clarear a memória daqueles menos atentos, em 2013, as férias começaram dia 24 de junho e se estenderam até 12 de agosto, duraram mais de 48 dias. A soma dos dois períodos supera em muito aquele estipulado pelo Congresso Nacional, que segundo consta não pode ultrapassar 55 dias, em dois períodos, no ano.
Sei que não podemos generalizar a questão, não estou aqui discutindo a qualidade dos vereadores e sei muito bem que tem, como em toda parte, políticos honestos e que fazem jus ao cargo que ocupam, o que não podemos aceitar são certas práticas que acreditam serem normais por se tratar de uma cidade do interior.
Aquela tradicional frase "A Câmara está em recesso mas nosso gabinete está a disposição, continuamos trabalhando" está ultrapassada. É hora da população atentar aos detalhes e escolher melhor aqueles que o representam na Casa Legislativa. Não vou aqui enumerar a série de problemas encontrados pela periferia da cidade, mas seu voto é muito importante e com certeza vai ajudar e muito na melhora da qualidade de vida da população.
Eu, continuo aqui em São Paulo, pode ter certeza de que jamais deixarei de ser Jaguariaivense e continuarei atento aos acontecimentos políticos por aí.
Só para lembrar, esse post foi escrito atrás de um computador a 400 km de Jaguariaíva...
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