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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pelo Corinthians, Kassab abre o cofre

Prefeito bate recorde de liberação de emendas a vereadores para garantir aprovação de isenção de R$ 420 mi ao clube
Diego Zanchetta - O Estado de S.Paulo
Os vereadores paulistanos ganharam um impulso para votar o pacote que concede isenção fiscal de até R$ 420 milhões ao Corinthians: em um único decreto, o prefeito Gilberto Kassab (sem partido) liberou R$ 50 milhões em emendas aos parlamentares.
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Terrão. Na obra, Andrés fala com engenheiro
As emendas liberam dinheiro da Prefeitura para obras requisitadas por vereadores em seus redutos eleitorais. Kassab liberou no decreto 52.409, de 14 de junho, verbas até para quem faz oposição ao seu governo - Senival Moura (PT), por exemplo, líder de perueiros na zona leste, recebeu R$ 200 mil para a instalação de grama sintética em campos do Itaim Paulista.
É consenso entre as lideranças da Casa que a liberação teve o objetivo de acelerar a votação do pacote para a construção do estádio de abertura da Copa do Mundo de 2014 em Itaquera. Se não for votado por duas vezes em plenário até o dia 28, a proposta que livra o clube paulista de pagar ISS e IPTU no decorrer da obra só voltará a ser discutida pela Casa no segundo semestre, após o recesso de julho.
O volume de emendas que o prefeito liberou em um único dia é quase o dobro dos R$ 27 milhões em emendas liberados entre janeiro e o dia 13 de junho. Foi também o volume recorde de verbas para obras indicadas por vereadores liberadas de uma única vez por Kassab em seus cinco anos de governo - a maior tinha sido em novembro de 2008, de R$ 32 milhões.
A liberação deve arrefecer a oposição que até alguns governistas vinham fazendo ao projeto que beneficia o Corinthians.
O líder do PSDB, Floriano Pesaro, e o ex-diretor do São Paulo, Marco Aurélio Cunha (sem partido), por exemplo, são da base governista, mas adiantaram voto contrário à proposta. "O prefeito está igual a um trator por causa do projeto do Corinthians. Eu vou votar contra de qualquer jeito. Sou corintiano, mas acho injusta uma isenção desse porte para um único clube", argumentou Adilson Amadeu (PTB).
A assessoria do prefeito informou que "a liberação das emendas agora segue o cronograma de execução fiscal do orçamento e não tem relação com qualquer votação no Legislativo".
Prioridade. O Executivo também solicitou que a proposta do Corinthians seja votada em regime de urgência até quarta-feira, na frente de outros projetos do governo, como o que permite a concessão do mobiliário urbano para a iniciativa privada e o que altera o traçado do túnel entre a Imigrantes e o Brooklin. 

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Câmara de Ponta Grossa (PR) aprova aumento no número de vereadores

Na próxima eleição, serão oito políticos a mais; número subiu de 15 para 23.
Vereadora Alina Cesar votou a favor sem saber qual era o tema discutido.



Leia a matéria completa no Portal G1/PR



 

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Procurador pede inconstitucionalidade de salário de vereadores

JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO

O procurador-geral de Justiça, Fernando Grella Vieira, ajuizou nesta sexta-feira (25) uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) com pedido de liminar contra uma resolução da Câmara Municipal de São Paulo 1992 que atrela os subsídios dos vereadores aos dos deputados estaduais.

Foi com base nela que os vereadores decidiram elevar os salários a partir de março de R$ 9.288 para R$ 15.031, seguindo reajuste de 61,8% dado a deputados federais.

A resolução nº 5, de 24 de agosto de 1992, estabelece que o aumento para os vereadores de São Paulo e deputados estaduais são fixados a partir do vencimento dos deputados federais. Os estaduais recebem 75% do subsídio do deputado federal e os vereadores recebem 75% do vencimento do deputado estadual.

A ação alega que a vinculação é proibida pelo artigo 115, inciso 15, da Constituição Estadual, que diz que é "vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público, observado o disposto na Constituição Federal".

O procurador diz que "o artigo 29 da Constituição Federal não expressa subordinação ou dependência, senão limite máximo de remuneração" e que essa vinculação "implica reajuste automático desconsiderando a própria autonomia municipal e a diversidade do regime jurídico da remuneração dos agentes políticos municipais detentores de mandato eletivo".

A Adin também alega violação do princípio da moralidade administrativa, que inclui a não alteração do subsídio durante a legislatura municipal.

A liminar pede para sustar os efeitos da resolução até o julgamento final.

Segundo o Ministério Público, a Adin foi ajuizada com base em precedentes abertos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). O TJ irá julgar o mérito da ação.

Desde que a Promotoria abriu inquérito sobre o caso, os vereadores decidiram depositar em juízo o aumento.

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto (PSDB), afirmou que funciona há 19 anos sem nenhum questionamento de sua constitucionalidade.

"A regra é de 1992 e o Ministério Público é o mesmo desde de 1992. Neste momento, o Ministério Público julgou oportuno fazer a apuração da constitucionalidade e a Câmara vai fazer a defesa da constitucionalidade da norma", afirmou.

No entendimento da Câmara, a resolução é de 1992, anterior aos mandatos que se sucederam. "Portanto estes podem recepcionar a norma", afirma Police Neto.

Sobre a outra questão, da vinculação dos subisídios, o presidente afirmou que a própria Constituição fez o vínculo. "O próprio texto constitucional estabeleceu essa vinculação quando diz que em municípios com mais de 500 mil habitantes não se pode remunerar mais do que 75% do valor do deputado estadual. Portanto ele mesmo fixou essa relação direta a partir de uma proporção".

Para o presidente, o valor do salário de um parlamentar deve ser discutido com a sociedade e não com o Ministério Público. "Normalmente não é assim que o debate é feito pelo parlamento. Estamos tentando mostrar que o parlamento em São Paulo não tem síndrome de vira-lata, sabe funcionar, sabe debater com a sociedade, sabe representá-la".

PROMOTORIA

O Ministério Público instaurou no dia 2 de fevereiro um procedimento investigatório para apurar possível ilegalidade no reajuste do salário dos vereadores da Câmara Municipal.

O reajuste foi aprovado em janeiro deixando de observar, segundo a Promotoria, o inciso 6 do artigo 29 da Constituição Federal, que determina que o subsídio dos vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a legislatura subsequente.

Na semana passada, Police Neto anunciou que todos os vereadores irão depositar em juízo o valor do reajuste de 61,8% do salário dos legisladores. A medida foi tomada na terça-feira (15) em reunião do colégio de líderes após recomendação do Ministério Público.

Os 55 vereadores de São Paulo iriam receber, a partir de março, um salário de R$ 15.031,76. O reajuste é o mesmo aprovado pelo Congresso no final de 2010 para os salários de deputados, senadores, ministros, presidente e vice-presidente da República.

De acordo com o promotor Luiz Ambra Neto, a Lei Orgânica de São Paulo também prevê que o reajuste do salário dos vereadores seja aprovado para a próxima legislatura --que será em 2013-- e não para a mesma.

Da Folha.com

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